terça-feira, 24 de novembro de 2009

Remanescentes de quilombolas realizam protesto na Capital


Representantes da Comunidade Quilombola Invernada dos Negros, localizada no Município de Campos Novos, estão realizando manifestações em todo o Estado, em defesa da regularização de terras aos remanescentes quilombolas da região serrana. A luta desta comunidade foi finalmente reconhecida após a assinatura de trinta decretos, pelo presidente Lula, que regulariza territórios quilombolas em 14 estados brasileiros, através de ato público realizado em Salvador, na Bahia, no dia 20 de novembro, em comemoração a Dia Nacional da Consciência Negra.

Desde o dia 16 de novembro os representantes da comunidade estão acampados na Sede do Incra/SC, em Florianópolis. O presidente da Associação José Maria Gonçalves de Lima, mais conhecido como Teco, informa que somente em Campos Novos a regularização de terras beneficia o assentamento de mais de mil famílias excluídas ao longo da história.

Segundo Teco, o processo de reconhecimento e regularização de terras às comunidades quilombolas de Campos Novos foi considerado legítimo, porém os entraves criados pelo governo do Estado, que tem representação na bancada ruralista, no Congresso Nacional, tentou retirar a pauta de assinatura dos decretos, como forma de criar uma entrave político e impedir o assentamento de famílias em uma área de 7.952 hectares de terras.

Dentre as denúncias realizadas pela comunidade quilombola, o maior problema está relacionado aos conflitos raciais, uma vez que a associação denuncia ameaças de morte contra líderes da Invernada dos Negros e o preconceito racial por parte dos habitantes da cidade.

O Sindalesc, assim como os movimentos sociais e sindicatos, respalda a luta da Comunidade Quilombola Invernada dos Negros, em defesa do reconhecimento de suas terras e repudia qualquer forma de preconceito social e racial.

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