quarta-feira, 3 de outubro de 2012

NOTA DO SINDALESC - MAIS TERCEIRIZAÇÃO NA ALESC

Segundo informações que circulam na Casa, está em processo no Poder Legislativo a abertura de licitação para a contratação de mais uma empresa para ampliar a terceirização dos serviços de Tecnologia da Informação (TI), mais especificamente, para desenvolvimento de sistemas. Atualmente a Assembleia Legislativa, além dos seus quadros, conta com os serviços prestados pela VH, cujo valor da terceirização fica em torno de R$ 13.000.000,00 (treze milhões) ao ano. Vale lembrar, que ainda está em vigor na Alesc o concurso realizado em 2009 para analista de sistemas.

O que se questiona é porque o Poder Legislativo catarinense não convoca mais classificados que foram aprovados no concurso, até que, conforme promessa do deputado Gelson Merísio, presidente da Alesc, a Casa abra inscrições para novo concurso público ainda em 2012.

Outro setor a sofrer com a contração de serviços terceirizados é a área de Comunicação, que teve aprovado no dia 26/07/2012 dois termos aditivos, majorando em 25% os valores contratados de prestação de serviços celebrados entre a Alesc e as empresas Marcca Comunicação Ltda (contrato CL nº 094/2011-01) e Neovox Comunicação Ltda (contrato CL nº 093/2011-01).

Assim, nos contratos com cada empresa, os valores de R$ 4.500,00,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) saltam para R$ 5.625.000,00 (cinco milhões seiscentos e vinte e cinco mil reais) para a realização de diversos serviços, destacando a produção de campanhas publicitárias, a elaboração da Revista AL Digital e da criação do novo site da Alesc, hoje, sob responsabilidade da Coordenadoria de Projetos e Desenvolvimento (CPD).

Segundo cálculos do sindicato, um servidor concursado neste nível na carreira inicial, tanto na área de TI quanto na de Comunicação, gera um custo aproximado de R$4 mil reais por mês ao Poder Legislativo, os valores com a contratação de terceirizados são astronômicos.

Saúde em Greve

Os servidores da saúde deliberam pela aprovação de greve geral no Estado, na Assembleia Geral da categoria realizada no dia 2 de outubro. De acordo com o Sindicato (SindSaúde/SC) não houve avanço nas reivindicações apresentadas pela categoria ao governo. A greve vai ter início a partir do dia 9 de outubro (terça-feira).
Notícia do Dia (04/10/2012)

Servidores da Saúde em Santa Catarina entram em greve dia 9

Assembleia foi realizada na tarde desta terça-feira. Sindicato espera adesão de 70% dos trabalhadores

 


Fábio Bispo
@fabiobispo nd
Florianópolis
Na próxima terça-feira, dia 9 de outubro, as unidades de saúde de todo o Estado entrarão em greve. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, realizada ontem, na praça Tancredo Neves, Florianópolis. Entre os argumentos, os trabalhadores alegaram que o governo não apresentou nenhuma proposta aceitável para as perdas salariais provenientes do corte da hora-plantão. Os trabalhadores decidirão ainda sobre o fechamento total ou não das emergências. O governo suspendeu a negociação em andamento até que o estado de greve seja revogado.
Recentemente, com a admissão de novos servidores para o quadro da Saúde, o governo prometeu suspender a hora-plantão dos trabalhadores. Segundo o SindSaúde, com o corte do extra, a categoria passou a reivindicar reposição salarial na forma de gratificação. “Queremos o cumprimento da carga de 30 horas, mas com reposição financeira. O extra chega a representar 75% dos rendimentos de um trabalhador”, explica Cláusio Vitorino, diretor do sindicato. Com a hora-plantão, alguns profissionais tinham incremento no salário e chegavam a trabalhar o dobro das horas normais.
Nos próximos dias que antecedem a paralisação, serão discutidas com as chefias de cada hospital sobre o fechamento total ou não das emergências. Os pacientes internados, segundo Vitorino, continuarão recebendo atendimento normalmente. Na ativa, em todo o Estado, são cerca de 10.000 servidores. O sindicato espera uma adesão de 70% da massa trabalhadora ao movimento grevista.
Negociações também param
Poucas horas depois do anúncio da greve na Praça da Bandeira, o secretário adjunto de Saúde, Acélio Casagrande, disse que “estão suspensas as negociações dos trabalhadores enquanto permanecer o estado de greve”, em entrevista por telefone. O secretário confessou não ter um plano para amenizar os transtornos que a população poderá enfrentar com a paralisação.
Segundo o secretário, o reajuste da categoria estava em fase de negociação e chegou a pedir mais tempo para poder fazer uma contraproposta aos servidores. “Eles queriam que decidíssemos em 15 dias sobre um reajuste salarial. É preciso analisar o reflexo financeiro disso, além de já estarmos no limite. Eu pedi que nós dessem 90 dias, e eles não respeitaram”, rebateu o secretário.
Casagrande salientou que, durante o período de negociações, foi suspenso qualquer tipo de corte da hora-plantão dos trabalhadores. “Eles declararam uma guerra silenciosa. Isso que estão fazendo com a população é uma sacanagem”, concluiu.