terça-feira, 6 de setembro de 2011

SINDALESC apóia Coletivo Catarinense e Criação da Comissão Nacional da Verdade













O presidente do Sindalesc, Rubenvaldo da Silva, participou da reunião do Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça, realizada na sala das Comissões da Alesc, no dia 3 de setembro, sexta-feira.

Em todo o Brasil comitês semelhantes estão sendo criados para fortalecer aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 7.376/10, que tramita na Câmara dos Deputados e dispõe sobre a criação da Comissão da Verdade para que sejam apurados os crimes ocorridos pelo Estado Brasileiro durante o regime militar.

O Coletivo Catarinense é formado por militantes que atuam na defesa dos direitos humanos, dirigentes sindicais e familiares de desaparecidos políticos e tem como representante Derlei Catarina De Luca. Os integrantes do movimento estão organizados em diversas regiões do Estado e solicitam apoio dos deputados estaduais, federais e da sociedade civil, pela aprovação do projeto de lei e ainda consideram que este é um momento histórico em que os brasileiros poderão ter acesso a abertura de arquivos da ditadura militar e apurar os crimes cometidos contra aqueles que se opuseram ao regime de exceção.

Nos encontros realizados no Poder Legislativo Catarinense e no Ministério Público Federal, o coletivo entende que o governo precisa dar uma resposta aos familiares de todos os presos políticos, banidos, torturados, exilados, mortos e sobreviventes da ditadura militar e reconhecer publicamente as arbitrariedades e os crimes cometidos contra os brasileiros que lutaram pela defesa do Estado de Direito.

De acordo com o Manifesto editado pelo coletivo catarinense, em 18 de julho de 2011, desde a década de 70, famílias Timbó, Criciúma, Porto União, Balneário Camboriú, Joaçada e Florianópolis querem ter revelado o que aconteceu com seus familiares desaparecidos. O documento também expressa que esta é uma luta de toda sociedade, pois a ditadura militar ofendeu e prejudicou todos os que lutavam por um mundo justo e acreditavam na democracia como a melhor forma de governar.

Na reunião realizada na Alesc participaram os consultores periciais, Noberto Cornier, Roberto Meza Niella e Herácio Martin, peritos argentinos, especialistas em diversos casos judiciais na América Latina, que integraram a Comissão da Verdade no Equador.

O Coletivo Catarinense pela Memória, Verdade e Justiça defende:

- O cumprimento da sentença da Corte Internacional de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA),que condenou o Brasil pela ocultação de cadáver na Guerrilha do Araguaia;

- A abertura de todos os arquivos militares;

- Apuração de todos os crimes;

- Julgamento dos torturadores;

- Devolução dos corpos dos desaparecidos políticos às famílias.

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