quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Saúde em Greve

Os servidores da saúde deliberam pela aprovação de greve geral no Estado, na Assembleia Geral da categoria realizada no dia 2 de outubro. De acordo com o Sindicato (SindSaúde/SC) não houve avanço nas reivindicações apresentadas pela categoria ao governo. A greve vai ter início a partir do dia 9 de outubro (terça-feira).
Notícia do Dia (04/10/2012)

Servidores da Saúde em Santa Catarina entram em greve dia 9

Assembleia foi realizada na tarde desta terça-feira. Sindicato espera adesão de 70% dos trabalhadores

 


Fábio Bispo
@fabiobispo nd
Florianópolis
Na próxima terça-feira, dia 9 de outubro, as unidades de saúde de todo o Estado entrarão em greve. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria, realizada ontem, na praça Tancredo Neves, Florianópolis. Entre os argumentos, os trabalhadores alegaram que o governo não apresentou nenhuma proposta aceitável para as perdas salariais provenientes do corte da hora-plantão. Os trabalhadores decidirão ainda sobre o fechamento total ou não das emergências. O governo suspendeu a negociação em andamento até que o estado de greve seja revogado.
Recentemente, com a admissão de novos servidores para o quadro da Saúde, o governo prometeu suspender a hora-plantão dos trabalhadores. Segundo o SindSaúde, com o corte do extra, a categoria passou a reivindicar reposição salarial na forma de gratificação. “Queremos o cumprimento da carga de 30 horas, mas com reposição financeira. O extra chega a representar 75% dos rendimentos de um trabalhador”, explica Cláusio Vitorino, diretor do sindicato. Com a hora-plantão, alguns profissionais tinham incremento no salário e chegavam a trabalhar o dobro das horas normais.
Nos próximos dias que antecedem a paralisação, serão discutidas com as chefias de cada hospital sobre o fechamento total ou não das emergências. Os pacientes internados, segundo Vitorino, continuarão recebendo atendimento normalmente. Na ativa, em todo o Estado, são cerca de 10.000 servidores. O sindicato espera uma adesão de 70% da massa trabalhadora ao movimento grevista.
Negociações também param
Poucas horas depois do anúncio da greve na Praça da Bandeira, o secretário adjunto de Saúde, Acélio Casagrande, disse que “estão suspensas as negociações dos trabalhadores enquanto permanecer o estado de greve”, em entrevista por telefone. O secretário confessou não ter um plano para amenizar os transtornos que a população poderá enfrentar com a paralisação.
Segundo o secretário, o reajuste da categoria estava em fase de negociação e chegou a pedir mais tempo para poder fazer uma contraproposta aos servidores. “Eles queriam que decidíssemos em 15 dias sobre um reajuste salarial. É preciso analisar o reflexo financeiro disso, além de já estarmos no limite. Eu pedi que nós dessem 90 dias, e eles não respeitaram”, rebateu o secretário.
Casagrande salientou que, durante o período de negociações, foi suspenso qualquer tipo de corte da hora-plantão dos trabalhadores. “Eles declararam uma guerra silenciosa. Isso que estão fazendo com a população é uma sacanagem”, concluiu.

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