sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Amazônia teve 265,1 km² desmatados em agosto, aponta Inpe; área


08/10/2010

Camila Campanerut

Do UOL Notícias
Em Brasília

Os pontos amarelos representam as áreas desmatadas; a mancha rosa corresponde ao território encoberto por nuvens, que não pôde ser analisado
O desmatamento da Amazônia Legal Brasileira em agosto foi de 265,1 km², segundo apontou o sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A área corresponde a 24,1 campos de futebol.

Em relação a agosto do ano passado, quando 498 km² foram degradados, houve um redução de 47% nos cortes.

O Pará foi o Estado que mais destruiu a floresta - foram 134,1 km². Mato Grosso (54,9 km²), Amazonas (26,4 km²), Rondônia (25,3 km²), Maranhão (16,9 km²), Roraima (3,9 km²), Acre (2,2 km²) e Tocantins (1,5 km²) também aparecem na lista.

Apesar de ter se destacado como o que mais destruiu no último mês de pesquisa, o Pará chama a atenção por ter sido o Estado que registrou maior queda do desmatamento entre janeiro e agosto deste ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a área de corte passou de 1.275,74 km² para 599 km², uma queda de 53%.

“Observou-se um padrão de redução de desmatamento sustentado que se deve a dois grandes fatores: a nova lógica de planejamento, feita com outros órgãos federais e estaduais, [e a parceria com a polícia] nas operações Arco de Fogo e Arco Verde”, ressaltou a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira.

Ela anunciou nesta sexta-feira (8) que a partir de agora os dados anunciados nos próximos meses serão obtidos pela tecnologia japonesa Alos (Advanced Land Observing Satellite), resultado do convênio firmado entre o Ministério e a Agência Espacial Japonesa (JAXA).

Segundo ela, diferentemente do sistema Deter, o Alos consegue enxergar através das nuvens.

Pelos dados divulgados hoje, houve degradação tanto das áreas de corte raso (quando os satélites detectam retirada completa da floresta nativa), quanto das áreas de degradação progressiva. As áreas não monitoradas devido à cobertura de nuvens somaram 17% em agosto.

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