quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Privatização da Água em Santa Catarina: Sindicato e trabalhadores da Casan denunciam estratégia do governo do Estado


Trabalhadores da Casan estão em mobilização no Poder Legislativo Catarinense desde ontem e nesta quarta-feira (9/12/09) realizam ato público e assembleia estadual para deliberar estado de greve, em protesto contra a privatização da água em Santa Catarina.

Segundo o Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente de SC, Sintaema, as recentes decisões de alguns prefeitos de romper o contrato com a Casan, de forma unilateral, aliado à decisão do desembargador substituto Luiz Fernando Boller, certamente levará empresa pública à insolvência.

O Sindicato repudia a municipalização do saneamento básico e atesta que os municípios que saíram do sistema Casan não conseguiram avançar na implantação de esgotamento sanitário. Cidades como Tubarão, Içara, Palhoça, Navegantes, Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Timbó, Fraiburgo, Lages, entre outras, não implantaram um só metro de rede para coleta e tratamento de esgosto

Ao denunciar a institucionalização do hidronegócio em Santa Catarina, o Sintaema argumenta que as prefeituras, ao romperam o contrato com a Casan, irão contratar empreiteiras sem licitação para prestarem serviços de abastecimento de água. Com isso restará ao Estado um passivo de algumas centenas de milhões, enquanto os municípios e as empresas privadas caberá apenas os ativos, o que pode caracterizar crime contra a economia popular.

Ao avaliar a gravidade da situação, o Sindicato denuncia que a privatização da água irá gerar demissões em massa de trabalhadores e o não pagamento de salários a partir de 2010. Na avaliação da entidade, a saúde pública dos catarinenses está em perigo, por isso o governo do Estado, a Assembleia Legislativa e o Poder Judiciário precisam intervir para evitar este desastre.

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