sexta-feira, 14 de maio de 2010

Servidores estaduais da saúde fazem nova paralisação nesta sexta-feira

Mobilização provoca atrasos no atendimento de hospitais

Os servidores estaduais da saúde deram continuidade às paralisações da categoria nesta sexta-feira. Parte dos trabalhadores, que buscam uma negociação com o governo catarinenses, decidiram suspender as atividades em hospitais entre as 7h e 9h.

A paralisação provoca o atraso no atendimento das unidades. No Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, cerca de 60 servidores aderiram ao movimento, segundo a diretora secretária geral do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Mara Regina Garcia.

— Há trabalhadores de todos os setores paralisados, desde a emergência até a área administrativa. Os servidores estão se revezando no atendimento — diz.

No Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, pacientes também tiveram de aguardar. Conforme o assistente de direção Ércio Francisco da Costa, a paralisação abrange pacientes com consultas agendadas e com atendimento ambulatorial. A emergência estaria funcionando normalmente.

— O transtorno não é tão grande na unidade porque a paralisação já estava programada, e muitos pacientes sabiam que o atraso poderia acontecer — diz Ércio.

Um dos membros do conselho fiscal do SindSaúde, Daniel Antero Telles Vasconcelos, informa que no Hospital Celso Ramos a adesão foi grande. Ele diz que aproximadamente 200 funcionários participaram da paralisação.

Daniel também afirma que 30% do efetivo de serviços essenciais foi mantido. Porém, houve atraso em outros atendimentos. Quem tinha consulta agendada para o começo da manhã, por exemplo, só foi recebido a partir das 9h, quando a mobilização teve fim.

As emergências dos hospitais Florianópolis e Universitário (HU), na Capital, não teriam sido afetadas porque já trabalham com restrições.

Negociação

Ainda nesta sexta-feira, às 11h, o sindicato se reúne com os secretários de administração, Paulo Eli, e da Fazenda, Cleverson Sievert, para dar andamento à negociação, no Centro Administrativo.

Segundo o SindSaúde, o governo ficou de avaliar o impacto financeiro provocado pela incorporação do abono de 16,78%, que é a reivindicação dos servidores. Na reunião, deve ser apresentada uma proposta para resolver a questão.

Os servidores, que estão em estado de greve desde 12 de abril, darão uma assembleia na próxima quarta-feira, às 14h, no auditório do Cine Hitz. Na ocasião, a categoria decidirá os próximos passos do movimento.

DIARIO.COM.BR

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